Atualmente, o parque abriga cerca de 2.600 aves, entre galinhas, patos e pavões. No entanto, a ideia da Reserva Parques, concessionária responsável pelo local, é reduzir a população para 800 animais. O problema é que o parque é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico), o que proíbe a matança dos ovíparos que vivem no local.
A proposta da administração é ceder parte das aves a uma ONG, mantendo apenas alguns exemplares para atividades educativas voltadas aos usuários. Segundo a empresa responsável pelo parque, estudos realizados em 2018 indicaram que a população atual de aves no espaço é excessiva, e medidas precisam ser adotadas para reduzi-la, incluindo a doação dos animais.
As aves foram confinadas em recintos fechados em meados do último ano devido ao alerta de gripe aviária no país, seguindo normas sanitárias para evitar a disseminação do vírus. Os dois novos recintos que abrigam as aves possuem, juntos, 2.500 metros quadrados.
A representação encaminhada à Promotoria teve cinco signatários, incluindo Regina de Lima Pires, que se diz disposta a enfrentar a batalha pelas aves do local, reforçando que os animais são parte da identidade do parque. A denúncia destaca os possíveis malefícios de dar outro destino às aves, como a gourmetização do parque.
O Parque da Água Branca foi fundado em 1929 e é considerado um patrimônio histórico. Seu projeto inicial era abrigar exposições e provas de agropecuária, e a população de aves domésticas habita o local desde então.
A disputa envolvendo a doação das aves do Parque da Água Branca promete continuar gerando polêmica e debates. Enquanto a administração busca reduzir a população de aves e acionou o Ministério Público para dar prosseguimento ao plano, os defensores das aves afirmam que retirar os animais do parque seria um atentado ao patrimônio público e à identidade do espaço. O desfecho da polêmica ainda está em aberto e seguirá sendo acompanhado de perto por todos os envolvidos.