Repórter São Paulo – SP – Brasil

Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, inicia diálogo em Pequim com expectativa de uma nova rodada de comunicação estratégica.

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, desembarcou em Pequim para uma série de conversas com o ministro do Exterior da China, Wang Yi. A visita de Sullivan foi descrita pela rede CCTV como um “movimento importante” para uma nova rodada de comunicação estratégica entre os dois países.

Desde maio do ano passado, os Estados Unidos e a China já realizaram três rodadas de conversas, todas com resultados pouco concretos. Há a expectativa de que os líderes Joe Biden e Xi Jinping possam se encontrar nos próximos meses, seja na cúpula da Apec no Peru, ou na do G20 no Brasil.

Durante a recepção de Sullivan, Wang expressou a expectativa de que a comunicação entre os países seja substancial, visando uma relação estável e sustentável. Por sua vez, Sullivan ressaltou o comprometimento dos EUA em administrar a relação de forma responsável.

Os temas abordados nas conversas incluem questões sensíveis como Taiwan, práticas econômicas injustas, o apoio chinês à Rússia na Guerra da Ucrânia e as ações consideradas agressivas em relação às Filipinas. A chegada de Sullivan coincidiu com críticas das Filipinas à China, após incidentes no Mar do Sul da China.

Além disso, a imprensa chinesa e americana especulam sobre um possível substituto para Sullivan caso a vice-presidente Kamala Harris seja eleita. O nome mais citado é o de Philip Gordon, especialista em Europa. Não se espera que Sullivan permaneça no cargo após o final do mandato do atual presidente americano.

Nesta terça-feira, a chancelaria chinesa convocou novo briefing para jornalistas, defendendo a ampliação do apoio à proposta de paz apresentada pela China em parceria com o Brasil para a Guerra da Ucrânia. A proposta sugere um encontro de negociação com a presença da Rússia e Ucrânia.

As sanções adotadas pelos EUA contra pessoas e empresas chinesas também foram criticadas, com a China afirmando que tais justificativas não possuem base factual. Segundo o enviado chinês Li Hui, é necessário buscar uma solução política para a crise na Ucrânia por meio do diálogo e negociação.

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