De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão de pessoas, das 1,4 milhão que habitavam Rafah, fugiram desde o início da operação terrestre israelense na cidade, no dia 7 de maio. A maioria dessas pessoas eram deslocadas pela guerra, agravando ainda mais a situação humanitária na região.
Segundo dados da OMS, em 17 de maio havia apenas 750 pessoas no centro urbano de Rafah, enquanto entre 60 mil e 75 mil permaneciam na área de Al Mawasi, localizada a cerca de 10 km da cidade. A situação é descrita como crítica, com a população à beira da fome, conforme alerta da ONU.
A ajuda humanitária tem chegado de forma lenta e insuficiente à região, e a pausa anunciada diariamente pelo Exército israelense nas operações no sul não tem tido impacto significativo no envio de alimentos, afirmou o doutor Richard Peeperkorn, responsável da OMS para os territórios palestinos ocupados.
Desde o início do conflito em 7 de outubro, quando militantes islamistas do Hamas realizaram ataques em Israel, o saldo de vítimas tem sido alarmante. Segundo dados oficiais israelenses, 1.194 pessoas, em sua maioria civis, foram mortas e 251 foram sequestradas. O Exército israelense estima que 116 pessoas ainda estão em cativeiro em Gaza, sendo que 41 delas teriam falecido.
Diante desse cenário de violência e desespero, a comunidade internacional se mobiliza para tentar garantir a segurança e o fornecimento de ajuda humanitária para a população afetada pelo conflito na região de Gaza.