Conferência internacional reúne esforços para resolver a crise no Sudão, com promessas de ajuda de diversos países e críticas do governo local.

A crise sudanesa tem sido ofuscada por outros eventos internacionais de grande proporção, como as crises em Gaza e na Ucrânia. Essa é a opinião compartilhada pelo ministro das Relações Exteriores da França, Stéphane Séjourné, que ressaltou a necessidade de manter o foco também no conflito que assola o Sudão.

Durante a conferência em Paris, a União Europeia se comprometeu a destinar 350 milhões de euros para ajudar a lidar com a crise no Sudão. Além disso, países como França e Alemanha contribuirão com 110 milhões de euros e 244 milhões de euros, respectivamente. Os Estados Unidos também demonstraram apoio ao investir 147 milhões de dólares, enquanto o Reino Unido destinará 110 milhões de dólares para o mesmo fim.

O presidente francês, Emmanuel Macron, enfatizou a importância da cooperação internacional para encontrar uma solução para o conflito no Sudão. Ele ressaltou a necessidade de coordenar os esforços que até agora têm sido infrutíferos e de interromper o apoio estrangeiro às partes em conflito.

No entanto, o Ministério das Relações Exteriores do Sudão, ligado ao Exército, expressou indignação por não ter sido convidado para a conferência. Em comunicado, o Ministério afirmou que o sistema de tutela internacional foi abolido há décadas e que merecia ser incluído nas discussões.

Enquanto isso, o Exército sudanês afirmou que não permitirá a entrada de ajuda humanitária nas áreas controladas por seus inimigos, as Forças de Apoio Rápido. Agências de ajuda humanitária acusaram as RSF de saquear a assistência, algo que a organização nega veementemente.

A guerra que eclodiu em abril de 2023 entre o Exército sudanês e as RSF tem causado grande devastação, alertas de fome e milhões de deslocados dentro e fora do Sudão. A situação no país é crítica e requer esforços internacionais coordenados para trazer alívio à população afetada.

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