Repórter São Paulo – SP – Brasil

Condomínios em São Paulo enfrentam falta de energia e água durante apagão que já dura mais de 72 horas

Mais de 72 horas após o apagão em São Paulo, que deixou cerca de 500 mil endereços sem energia, os condomínios começam a tomar medidas para ajudar os moradores afetados. Garrafas de água potável estão sendo distribuídas e o uso da água da piscina tem sido liberado para a descarga em vasos sanitários. Além disso, os moradores estão se unindo para ajudar uns aos outros, especialmente os idosos, e cobrar soluções para os problemas crônicos na estrutura de energia elétrica e a falta de água.

Segundo a concessionária Enel, responsável pelos serviços de energia na capital e em outras 28 cidades, sete pessoas morreram e 4,2 milhões de domicílios ficaram sem energia após as chuvas e rajadas de vento que ocorreram na sexta-feira. A previsão é de que o fornecimento de energia seja totalmente restabelecido nesta terça-feira.

Na zona oeste de São Paulo, um condomínio com 430 apartamentos, que abriga cerca de 2.000 moradores, ficou sem energia e também viu as torneiras secarem. Para suprir a falta de água, o síndico optou por distribuir garrafas de água potável e permitir o uso da água da piscina para a descarga do vaso sanitário. No entanto, como o condomínio não possui geradores, os moradores estão tendo que encher baldes na piscina e subir pelas escadas até seus apartamentos.

Outro bairro afetado pelas chuvas e pelos ventos fortes foi o Parque Previdência. Além desses problemas, o bairro também enfrenta problemas com a fiação antiga, o que costuma causar problemas sempre que chove. Um morador da região defende a modernização da fiação ou o enterramento dos fios como soluções.

Na Vila Prudente, região leste da capital, a falta de energia também durou dias. Uma moradora contou que a energia foi restabelecida na segunda-feira, mas durante esse período as ruas estavam escuras e os mercados vazios. Ela também ressaltou a importância de preparar melhor a cidade para eventos climáticos cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas.

A falta de previsão para o retorno da energia ou o retorno em bairros próximos tem deixado os moradores aflitos. Uma gerente de marketing, que mora no Jardim Fonte do Morumbi, relatou a frustração de ver prédios em bairros mais ricos com luz enquanto seu condomínio está às escuras.

Diante dessa situação, é visível a necessidade de investimentos em infraestrutura que possam evitar problemas como esses e garantir um fornecimento de energia mais estável e seguro em toda a cidade. Além disso, é preciso uma cultura de prevenção e preparo para eventos climáticos cada vez mais intensos e frequentes.

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