Conab convoca Bolsas de Mercadorias para comprovar capacidade técnica e financeira de empresas vencedoras do leilão de arroz.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) convocou as Bolsas de Mercadorias para comprovarem a capacidade técnica e financeira das empresas que arremataram 263,7 mil toneladas de arroz importado em um leilão realizado na última quinta-feira. A medida foi tomada após dúvidas e repercussões sobre o resultado do leilão, levantadas por opositores do governo, incluindo a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que questionaram a participação de empresas desconhecidas do mercado.

Das quatro empresas vencedoras do leilão, apenas uma delas – a Zafira Trading – é uma empresa do ramo. As outras são uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijo e uma locadora de veículos. Tereza Cristina chegou a pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalizar o leilão e o Partido Novo também solicitou a apuração e suspensão do resultado.

Em resposta às críticas, a Conab esclareceu que o formato do leilão utiliza as Bolsas de Mercadorias como intermediárias e que essas são responsáveis pelas propostas apresentadas em nome de seus clientes. A empresa também afirmou que as Bolsas são responsabilizadas caso permitam a participação de empresas que não atendam às exigências estabelecidas.

A maior arrematadora dos lotes, a empresa Wisley A de Sousa Ltda., lamentou que grupos com interesses contrariados estejam tentando afetar sua imagem e deturpar a realidade. A empresa afirmou que tem mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos e garantiu que vai cumprir todas as exigências do contrato.

Na próxima quinta-feira, a Conab vai reofertar as 36,63 mil toneladas de arroz importado remanescentes do lote inicial de 300 mil toneladas leiloadas. Os leilões têm sido realizados pelo governo federal para combater a especulação de preços do grão após as enchentes no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país. A empresa Conab garantiu que não haverá prejuízo financeiro para o governo e que serão feitas três fiscalizações para garantir a transparência e a segurança jurídica da operação.

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