Comissão ameaça convocar chanceler para falar sobre posição do Brasil na guerra entre Israel e o Hamas

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados está considerando convocar o chanceler Mauro Vieira para prestar esclarecimentos sobre a posição do Brasil em relação à guerra entre Israel e o Hamas. A convocação aconteceria nesta quarta-feira (18), após o ministro ter cancelado um convite feito pelo colegiado na segunda-feira (16) devido a um compromisso anteriormente agendado no Senado.

No dia 10, Vieira aceitou um convite feito pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Renan Calheiros, para discutir a posição do Brasil no conflito e a repatriação dos brasileiros afetados. A audiência estava marcada para esta quarta-feira, às 13h.

No entanto, na segunda-feira (16), o presidente da comissão da Câmara, Paulo Alexandre Barbosa, convidou Vieira para falar ao colegiado após três requerimentos de convocação para o ministro serem registrados, incluindo um do deputado Eduardo Bolsonaro. A audiência na Câmara foi marcada para 12h desta quarta-feira, uma hora antes da reunião no Senado.

Inicialmente, foi discutida a possibilidade de uma reunião conjunta entre as duas comissões, mas enfrentaram dificuldades logísticas.

Na terça-feira, o chanceler cancelou sua participação na comissão da Câmara, o que desagradou os deputados do colegiado. O presidente da comissão convocou uma reunião para as 9h desta quarta-feira, tendo como primeiro item da pauta o requerimento do filho do presidente Jair Bolsonaro.

É importante ressaltar que não foram mencionadas as razões pelas quais os deputados estão interessados em interrogar o chanceler sobre a posição do Brasil na guerra entre Israel e o Hamas. No entanto, essa situação evidencia um descontentamento por parte dos deputados da Comissão de Relações Exteriores e a falta de articulação entre ambas as comissões.

O cancelamento de um convite previamente aceito pelo chanceler também pode gerar questionamentos sobre sua disponibilidade e comprometimento com o Congresso Nacional. Além disso, a convocação do ministro por parte da Câmara dos Deputados mostra uma tensão entre os poderes Executivo e Legislativo no que diz respeito à condução da política externa brasileira.

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