Comerciante judia é agredida e tem loja depredada por mulher em Arraial d’Ajuda, Bahia, em crime de antissemitismo e racismo.

No último dia 2, uma comerciante judia localizada em Arraial d’Ajuda, na cidade de Porto Seguro, Bahia, foi alvo de um ataque de ódio que resultou na depredação de sua loja. A vítima, identificada como Herta Breslauer, foi agredida e xingada por uma mulher, em um episódio que foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais.

Nas imagens é possível ver a agressora chamando a comerciante de “sionista” e “assassina de criança”, enquanto quebrava as mercadorias da loja e proferia ameaças. A agressora foi imobilizada por homens presentes no local e levada para fora da loja, mas até o momento, sua identidade não foi divulgada pela Polícia Civil, que segue realizando buscas para localizá-la.

Herta Breslauer registrou um boletim de ocorrência na delegacia local e gravou um vídeo em frente ao estabelecimento, relatando o ocorrido. Segundo a comerciante, a agressão ocorreu simplesmente pelo fato de ela ser judia.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que um inquérito policial foi instaurado para apurar os crimes de racismo, ameaça, dano e lesão corporal. A advogada da vítima, Lilia Frankenthal, afirmou que a comerciante foi agredida com um tapa no rosto, resultando em um grande abalo emocional.

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) e a Sociedade Israelita da Bahia emitiram uma nota de repúdio à agressão, pedindo que o caso seja investigado como um crime de ódio. Além disso, ressaltaram a importância de não importar para o Brasil o conflito que ocorre no Oriente Médio.

As entidades judaicas destacaram a necessidade de moderação e equilíbrio por parte das lideranças para evitar a importação do conflito em curso na região do Oriente Médio e ressaltaram a gravidade do ocorrido, ressaltando a importância de que o caso siga o devido processo legal.

Esta agressão covarde e antissemita gerou grande repercussão e preocupação na comunidade judaica local, que está temendo novos episódios de violência. A advogada da vítima afirmou que outras medidas judiciais estão sendo analisadas e reforçou que não haverá impunidade neste caso de crime de antissemitismo e racismo. A comerciante agredida realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal e continua em busca de justiça diante do terrível episódio de ódio que sofreu.

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