Combates intensos mantêm fronteira da Faixa de Gaza com o Egito fechada, brasileiros aguardam autorização para sair.

A fronteira da Faixa de Gaza com o Egito permanece fechada devido aos combates intensos em torno da região do maior hospital da região, o Al Shifa. Com isso, um grupo de 34 pessoas sob responsabilidade do Itamaraty na região, que já está autorizado a sair, segue retido. As ações militares de Israel se intensificaram na área do hospital, que continha cerca de 80 mil refugiados e pacientes até ontem, impossibilitando ambulâncias com feridos graves de alcançarem a fronteira em Rafah, onde seriam recebidas pelo Egito.

O governo egípcio controla os portões de Rafah, mas a autorização de saída é um processo complexo para estrangeiros e pessoas com dupla cidadania em Gaza, com a chance de veto por parte de Israel. O Hamas tentou fugir de Gaza como motoristas de ambulâncias, o que dificultou ainda mais o processo de saída.

O grupo de brasileiros aguarda para sair em uma casa próxima à fronteira, aguardando a chegada de um avião VC-2 da Força Aérea para a repatriação. A saída dos brasileiros será acompanhada por uma equipe com médico, enfermeiro e psicólogo enviada pelo Brasil. Ainda não está definido o momento exato da saída, mas quando ocorrer, os brasileiros deverão pegar um ônibus por cinco horas para o Cairo ou fazer uma viagem mais curta para a base de Al Arish, de onde embarcarão para Roma, Las Palmas, Recife e, por fim, Brasília.

Os Estados Unidos estão pressionando Tel Aviv, acerca da proporcionalidade de sua retaliação diante do mega-ataque promovido pelo Hamas, que resultou em cerca de 11 mil mortes em Gaza. Israel revisou para 1.200 o número de vítimas dos ataques há um mês, e cerca de 240 pessoas ainda permanecem sequestradas nas mãos dos terroristas. Apesar disso, a operação terrestre de Israel na região agora está focada em torno do Al Shifa e de outros centros hospitalares que, segundo Tel Aviv, o Hamas usa para abrigar comandos militares e depósitos de armas, o que é negado pelo grupo.

Enquanto os combates continuam na região, os brasileiros aguardam a saída em meio a um cenário de incertezas e conflitos, contando com a assistência do governo brasileiro para garantir a sua repatriação em segurança.

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