Comandantes das Forças Armadas implicam Bolsonaro em reuniões golpistas em depoimento à Polícia Federal, revela jornalista da Folha

Na manhã desta quarta-feira (6), a Polícia Federal realizou o depoimento do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, que durou sete horas. Durante o interrogatório, o general confirmou sua participação em reuniões golpistas e apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como responsável pela manutenção dos acampamentos em frente aos quartéis. No entanto, ele negou ter sido omisso diante de planos de ruptura democrática, ignorando o apoio que deu a acampamentos golpistas.

Além disso, o comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, também admitiu sua presença em encontros de cunho golpista no Palácio da Alvorada. Em conversas com interlocutores, Baptista Júnior destacou que se posicionou contrário às intenções antidemocráticas do governo anterior.

Antes dos depoimentos dos comandantes à PF, a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outras provas obtidas na investigação já haviam colocado em evidência o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, que teria apoiado investidas golpistas. No entanto, durante o depoimento à polícia, o almirante optou por permanecer em silêncio.

O episódio em destaque do podcast Café da Manhã abordou justamente os depoimentos dos comandantes das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. O repórter da publicação, Cézar Feitoza, trouxe os bastidores e a repercussão das declarações dos militares à Polícia Federal, revelando detalhes importantes desse cenário político conturbado.

O Café da Manhã, programa de áudio publicado diariamente no Spotify, trouxe à tona a complexidade das relações entre o governo e as Forças Armadas, promovendo uma reflexão sobre a democracia e a atuação dos militares em momentos de crise institucional. A sociedade aguarda ansiosamente por mais desdobramentos e esclarecimentos sobre esses episódios que marcaram a história recente do país.

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