Repórter São Paulo – SP – Brasil

Comandante do Exército, general Tomás Paiva, destaca sacrifício e abnegação na carreira militar em cerimônia com presidente Lula

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, fez um discurso contundente nesta quinta-feira (22), durante uma cerimônia em comemoração ao Dia do Soldado. Paiva ressaltou a grande exigência da carreira militar, destacando que os soldados trabalham com disponibilidade permanente e dedicação exclusiva para defender o Brasil, proteger seu povo e salvaguardar sua soberania.

Neste contexto, o general enfatizou as dificuldades enfrentadas pelos militares, como mudanças constantes de cidade, afetando suas famílias ao terem que recomeçar suas vidas em locais diferentes. Paiva também destacou que a carreira militar não proporciona muitas possibilidades de acumular patrimônio, sendo o único privilégio servir à pátria sem restrições.

O evento contou com a presença do presidente Lula, que participou da solenidade, ao lado de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Também marcaram presença personalidades como o ministro do GSI, general Marco Antônio Amaro, e o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Vale ressaltar que a aposentadoria especial dos militares tem sido alvo de questionamentos, principalmente pela ala econômica do governo. O Exército se mobilizou para explicar ao público as razões por trás desse benefício, argumentando que se trata de uma ação afirmativa do Estado para corrigir desigualdades históricas e estruturais.

Ao completar 376 anos de glórias, o Exército reafirmou seu compromisso eterno com a democracia brasileira, sendo um defensor da Nação e dos ideais democráticos. O comandante Tomás Paiva ressaltou a importância do aumento do orçamento da Força para fortalecer a Base Industrial de Defesa e aumentar a capacidade de dissuasão em um cenário de conflitos bélicos presentes no mundo atual.

Apesar do clima amistoso entre Lula e os militares, há um constante temor das Forças Armadas em relação às investigações da Polícia Federal que miram militares que apoiavam planos antidemocráticos para manter Jair Bolsonaro na presidência. A relação do presidente com as Forças Armadas passou por momentos de tensão, mas foi restaurada em meio a um arranjo conciliador liderado pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

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