Colômbia ordena expulsão de diplomatas argentinos após presidente da Argentina chamar Gustavo Petro de “assassino” em entrevista.

O clima diplomático entre Colômbia e Argentina segue tenso após a ordem de expulsão de diplomatas argentinos do território colombiano. A medida foi uma resposta à declaração do presidente argentino, Javier Milei, que chamou seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, de “assassino” em uma entrevista à rede CNN.

Essa não foi a primeira vez que Milei utilizou esse termo para se referir a Petro, o primeiro presidente de esquerda da Colômbia. Em janeiro, o argentino já havia descrito Petro como um “assassino comunista que está afundando a Colômbia”, o que levou à convocação do embaixador de Bogotá em Buenos Aires para consultas.

A Chancelaria colombiana justificou a expulsão dos diplomatas argentinos, alegando que os comentários de Milei afetam a relação de irmandade entre os países e ofendem a dignidade do presidente Petro, eleito de forma democrática.

A animosidade entre Milei e Petro teve início antes mesmo de Milei ser eleito presidente. No ano passado, após sua vitória nas primárias, o argentino afirmou que socialistas eram “lixo” e “excremento humano”, o que gerou uma resposta de Petro nas redes sociais.

O embate entre os dois líderes também passou por questões legislativas, como a chamada “lei ônibus” proposta por Milei, que gerou críticas de Petro em relação aos estudantes colombianos na Argentina.

Em meio a tudo isso, Milei respondeu às críticas do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, também conhecido como AMLO, o chamando de ignorante e afirmando que é um elogio que alguém assim fale mal dele.

O episódio evidencia as tensões políticas na região e a fragilidade das relações diplomáticas entre os países sul-americanos. A imprensa internacional tem acompanhado de perto o desenrolar desses conflitos e suas possíveis consequências para a estabilidade na América Latina.

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