O afastamento de Surovikin do cargo de chefe das Forças Aeroespaciais da Rússia chamou a atenção da imprensa internacional, uma vez que ele estava envolvido em diversas operações de cunho militar nos últimos anos. Sua destituição surge em meio a um contexto de suspeitas em relação a Prigozhin e sua influência no governo russo.
Evgeny Prigozhin ganhou notoriedade como o líder da empresa militar privada Wagner Group, que tem sido acusada de envolvimento em conflitos armados ao redor do mundo, como na Síria, Líbia e a própria Ucrânia. Ele já foi alvo de sanções internacionais e é conhecido por sua proximidade com o presidente Vladimir Putin.
O general Surovikin era considerado um importante aliado de Prigozhin na hierarquia militar russa. Ele comandou as tropas russas na Ucrânia até janeiro de 2023, quando finalmente as forças russas foram retiradas do país após intensa pressão internacional.
A destituição de Surovikin pode indicar uma tentativa do governo russo de se distanciar do poder e influência de Prigozhin. Apesar de Putin negar qualquer envolvimento direto com o empresário, existem claras evidências de uma relação próxima entre os dois.
As operações lideradas por Surovikin na Ucrânia foram alvo de críticas internacionais, com acusações de violações dos direitos humanos e agressões contra a população civil. O general era conhecido por sua ferocidade e determinação em cumprir as ordens de Putin, muitas vezes levando a ações violentas e desrespeito à soberania dos países invadidos.
A retirada de Surovikin do comando das Forças Aeroespaciais da Rússia pode ser vista como um sinal de que o governo russo está buscando uma postura mais moderada e cautelosa em relação a suas ações militares. No entanto, isso não significa necessariamente uma mudança na política externa do país, uma vez que outras figuras influentes, como Prigozhin, ainda estão presentes no cenário político e militar.
