Imane Khelif, da Argélia, e Lin Yu-ting, de Taiwan, estão prestes a disputar medalhas neste final de semana, mas têm sido alvo de uma polêmica envolvendo a realização de um teste de elegibilidade de gênero durante o Mundial feminino de boxe no ano passado, no qual foram reprovadas.
Após a vitória de Khelif sobre a italiana Angela Carini, as redes sociais foram tomadas por uma enxurrada de comentários questionando a identidade de gênero da boxeadora argelina, com diversos usuários levantando dúvidas sobre sua feminilidade. Além disso, figuras políticas conservadoras como a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o presidente da Argentina, Javier Milei, e o candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, se manifestaram pedindo a exclusão de Khelif e Lin dos Jogos de Paris.
Thomas Bach enfatizou que a discriminação e os ataques nas redes sociais são absolutamente inaceitáveis e vão contra os valores olímpicos de respeito, diversidade e inclusão. O COI tem reiterado seu compromisso em garantir um ambiente esportivo seguro e justo para todos os atletas, independentemente de sua origem, identidade de gênero ou orientação sexual.
A polêmica em torno das boxeadoras Khelif e Lin destaca a importância de debater questões relacionadas à diversidade de gênero e combater qualquer forma de discriminação no esporte. A expectativa é que o COI siga acompanhando de perto o caso e tome as medidas necessárias para garantir que as atletas possam competir sem sofrer preconceito ou exclusão.