Coalizão liderada pelos EUA lança ataques aéreos contra rebeldes houthis no Iêmen após ataques a navios no mar Vermelho

Uma coalizão liderada pelos Estados Unidos lançou nesta quinta-feira ataques aéreos contra locais ligados aos rebeldes houthis no Iêmen, em uma ofensiva inédita desde que o grupo apoiado pelo Irã passou a atacar navios em rotas de navegação comercial no mar Vermelho no final do ano passado. As explosões foram confirmadas por testemunhas no Iêmen, incluindo na capital, Saná.

O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou em comunicado que não hesitaria em tomar medidas adicionais, enfatizando que os ataques direcionados aos houthis são uma mensagem clara de que os EUA e seus parceiros não tolerarão ataques contra suas tropas e nem permitirão que atores hostis coloquem em perigo a liberdade de navegação.

A coalizão formada pelos Estados Unidos, Reino Unido, Bahrein, Austrália, Canadá, e Holanda realizou os ataques visando enfraquecer as capacidades militares dos houthis. Uma autoridade americana afirmou que a ação foi realizada por aeronaves, navios e submarinos, e alertou que não seria surpreendente se houvesse uma resposta por parte dos rebeldes.

Os houthis, que controlam a maior parte do Iêmen em meio a guerra civil, desafiaram os apelos das Nações Unidas e de outros países para interromper os ataques com mísseis e drones nas rotas de navegação do mar Vermelho. Até o momento, 27 navios foram atingidos, interrompendo o comércio internacional na rota-chave entre a Europa e a Ásia, que representa cerca de 15% do tráfego marítimo mundial.

Os rebeldes afirmam que sua ofensiva é em apoio ao Hamas em meio ao conflito com Israel, uma ação militar que já gerou mortes significativas de ambos os lados.

Os ataques retaliatórios dessa quinta-feira ocorrem após a maior ofensiva dos rebeldes, que obrigou as forças navais dos EUA e do Reino Unido a derrubar 21 drones e mísseis houthis no mar Vermelho.

A coalizão liderada pelos EUA diz que a intenção dos ataques é enfraquecer as capacidades militares dos houthis e enviar um recado claro de que não tolerarão mais ataques a navios comerciais no mar Vermelho. Medidas adicionais não foram descartadas pelo presidente Joe Biden, caso seja necessário proteger a liberdade de navegação e a segurança das tropas americanas.

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