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Cilindros com material radiativo são encontrados em comércio de ferro-velho na zona leste de São Paulo; três homens são presos

No último sábado, a Polícia Militar de São Paulo fez uma importante descoberta relacionada ao caso do veículo furtado que transportava material radiativo. Cinco cilindros utilizados para armazenar esse material foram encontrados em um comércio de ferro-velho na zona leste da capital. O veículo havia sido furtado no domingo, 30 de maio, e essa nova descoberta levou à prisão de três homens, de 21, 25 e 53 anos, por porte de material nuclear e receptação. O caso foi registrado no 53º DP, no Parque do Carmo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que quatro dos cilindros contêm geradores de 99Mo/99Tc, um radiofármaco utilizado na Medicina, e não representam riscos por já terem sido utilizados. O quinto cilindro, no entanto, estava sem o gerador 68Ge/68Ga, que deveria estar dentro do recipiente. A CNEN explicou que o material seria utilizado para um único exame de cintilografia e que seu volume era considerado “muito pequeno”.

Além disso, a Comissão Nacional de Energia Nuclear realizou uma operação para monitorar a radiação no Jardim Iguatemi, também na zona leste, onde foi encontrada uma embalagem para armazenar geradores de 99Mo/99Tc já exauridos. Após 13 horas de interdição, a área foi liberada, pois o nível de radiação detectado foi considerado seguro.

O carro furtado, uma Saveiro, pertencia a uma empresa de equipamentos médicos e estava transportando uma carga de materiais radioativos coletados no Rio de Janeiro, com destino ao Paraná e Santa Catarina. A empresa responsável pelo veículo, a Medical Ald, possuía um Supervisor de Proteção Radiológica em Transporte e um Plano de Proteção Radiológica para Transporte aprovado pela CNEN. O veículo e o material roubado estavam identificados com o símbolo internacional de radiação ionizante.

De acordo com a CNEN, o risco radiológico é considerado muito baixo para a população e o meio ambiente. O diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Alessandro Facure, enfatizou que não há motivos para preocupação e que o material é seguro. A investigação sobre o caso continua e a polícia está em busca de mais informações e pistas para esclarecer o ocorrido.

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