No entanto, diante das mudanças climáticas causadas pela atividade humana, existe o temor de que essa diversidade biológica esteja ameaçada. A capacidade de adaptação e evolução das espécies diante dessas mudanças ainda é um assunto pouco compreendido pela ciência.
Os organismos vivos têm a capacidade de se deslocar para áreas com climas mais favoráveis ou de se ajustar às novas condições através de mecanismos como a plasticidade fenotípica e a adaptação evolutiva. No entanto, fatores como tempo, habilidades de dispersão e diversidade genética influenciam a eficácia desses mecanismos.
Alguns organismos, como anfíbios e répteis, que dependem do ambiente externo para regular sua temperatura corpórea, estão mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Mesmo pequenas variações ambientais podem afetar significativamente sua sobrevivência e reprodução, aumentando o risco de extinção.
Diante desse cenário preocupante, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) têm se dedicado a estudar a adaptação climática em populações naturais de organismos amazônicos, em colaboração com outras instituições acadêmicas. Através de análises genômicas e associações genoma-ambiente, eles buscam compreender como diferentes populações de espécies de lagartos podem se adaptar a cenários climáticos moderados e extremos.
Os resultados desses estudos destacam a importância de proteger a biodiversidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas para garantir a sobrevivência das espécies. A pesquisa ressalta a necessidade de mais estudos para compreender a adaptabilidade das espécies e desenvolver estratégias eficazes de conservação em um cenário de desafios ambientais cada vez mais complexos.
Em um mundo onde as ações humanas têm um impacto significativo no meio ambiente, a corrida para preservar a diversidade biológica é urgente e fundamental para garantir um futuro sustentável para o planeta.