Apesar das dificuldades enfrentadas em diversas regiões do país, o engenheiro tranquilizou a população ao afirmar que não prevê problemas graves no abastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo e no suprimento de energia elétrica em todo o país. Ele explicou que, atualmente, as usinas térmicas são acionadas não por falta de água nos reservatórios das hidrelétricas, mas sim para suprir a demanda de energia nos momentos de pico.
O especialista ressaltou que a construção de novos reservatórios tem enfrentado obstáculos devido aos impactos ambientais e sociais que geram, como o corte de vegetação e o reassentamento de famílias. No entanto, ele destacou a importância de considerar a segurança hídrica de grandes centros urbanos, como São Paulo, e a segurança energética do país como um todo na hora de tomar decisões sobre novos projetos.
Diante do aumento da frequência e intensidade das secas e cheias, o engenheiro defendeu a importância de adotar uma abordagem mais holística no licenciamento ambiental, que leve em consideração não apenas os impactos locais, mas também os benefícios que novos reservatórios podem trazer para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Assim, fica claro que, diante dos desafios impostos pela escassez hídrica e energética, é fundamental adotar medidas adaptativas e sustentáveis para garantir a segurança e o bem-estar da população brasileira. Ações preventivas e planejamento a longo prazo são essenciais para enfrentar os desafios atuais e futuros relacionados à água e energia no país.