Repórter São Paulo – SP – Brasil

Cidadãos espanhóis presos na Venezuela não têm vínculos com serviço secreto, afirma Ministério das Relações Exteriores da Espanha.

Dois cidadãos espanhóis foram presos na Venezuela sem ter qualquer ligação com o serviço secreto, conforme divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores da Espanha em um comunicado reproduzido pelo jornal El País. O país europeu também negou estar envolvido em qualquer plano para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro, presidente venezuelano.

Segundo informações, as autoridades venezuelanas detiveram três cidadãos dos Estados Unidos, dois da Espanha e um da República Tcheca, acusados de estarem ligados a um suposto complô contra Maduro. Além disso, Caracas afirmou ter apreendido 400 armas que supostamente seriam provenientes de território americano.

O Ministério das Relações Exteriores da Espanha enfatizou que os detidos não fazem parte do CNI (Centro Nacional de Inteligência) nem de qualquer outro órgão estatal e defendeu uma solução democrática e pacífica para a situação na Venezuela. Fontes ligadas ao ministério confirmaram a informação publicada.

A família dos dois cidadãos espanhóis afirmou que eles são moradores de Bilbao e estavam na Venezuela como turistas, sem qualquer relação com o serviço secreto. Segundo informações do jornal El Mundo, os familiares solicitaram ajuda para localizá-los por meio das redes sociais, pois não tiveram contato desde o dia 2 de setembro, quando eles deveriam ter devolvido um carro alugado.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, alegou em uma coletiva de imprensa que os estrangeiros detidos estavam envolvidos em planos para assassinar Nicolás Maduro e outros funcionários do governo. Ele ainda associou os supostos planos de ataque à Venezuela à líder opositora María Corina Machado e outros dirigentes de oposição.

Os cidadãos americanos detidos também foram mencionados pelo ministro Cabello, incluindo um militar ativo dos Estados Unidos apontado como chefe do suposto plano. O Departamento de Estado dos EUA negou categoricamente qualquer envolvimento do país em um complô para derrubar Maduro.

As prisões ocorreram em um momento de forte tensão diplomática entre a Venezuela e os governos da Espanha e dos EUA, devido a denúncias de fraude eleitoral da oposição no país sul-americano. O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez se encontrou com o candidato opositor González Urrutia, mas não reconheceu a vitória de Maduro nas eleições. Os Estados Unidos impuseram sanções a funcionários venezuelanos, aumentando a pressão sobre o país, que classificou a medida como uma agressão.

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