O trabalho de Christopher Bollas desafia preceitos estabelecidos e enfrenta resistências, principalmente no que diz respeito ao tratamento de pacientes psicóticos. O autor preconiza uma abordagem que vai contra a medicalização excessiva e a internação em clínicas psiquiátricas, buscando mergulhar na angústia do paciente e explorar o cerne da doença de forma interpretativa e transformadora.
Apesar das críticas e resistências, Christopher Bollas defende um acompanhamento terapêutico intenso e dedicado, sem cobrar valores adicionais dos pacientes. Para ele, é fundamental oferecer um acolhimento que vá além da abordagem clínica tradicional, especialmente para aqueles que apresentam sinais de colapso mental.
O autor enfatiza a importância de compreender os momentos que antecedem um surto psicótico e de não interromper bruscamente o processo terapêutico. Ele argumenta que muitas vezes os sintomas apresentados por pacientes diagnosticados como “esquizoides” ou “esquizoafetivos” surgem após um período de intensa necessidade terapêutica não atendida adequadamente.
Em resumo, o livro de Christopher Bollas propõe uma abordagem inovadora e sensível para lidar com crises psíquicas e colapsos mentais, priorizando o cuidado, a escuta e o acompanhamento atento dos pacientes. Sua obra desafia conceitos estabelecidos e promove uma reflexão profunda sobre a prática clínica e a relação terapêutica. É um convite para repensar os métodos tradicionais de tratamento e buscar novas formas de acolhimento e cuidado para aqueles que mais precisam.