China enfrenta crise diplomática após Revisão Periódica Universal dos Direitos Humanos na ONU.

A China é um país que constantemente está em destaque na mídia internacional, principalmente quando se trata de questões relacionadas a direitos humanos. Recentemente, a Revisão Periódica Universal do país asiático no Conselho de Direitos Humanos da ONU trouxe à tona diversos aspectos problemáticos relacionados às práticas do governo chinês.

A mídia tem reportado amplamente sobre o encarceramento massivo da minoria étnica uigur em Xinjiang, o desrespeito aos costumes religiosos tibetanos e a erosão das liberdades civis em Hong Kong. Estes temas foram discutidos durante a Revisão Periódica Universal, um processo que existe há quase 20 anos, e recebeu especial atenção após o Conselho de Direitos Humanos da ONU acusar a China de violar os direitos da minoria étnica muçulmana uigur.

Durante a revisão, a China tentou defender seus pontos de vista e flexionar sua força diplomática junto a parceiros do Sul Global, que dependem dos chineses para investimentos ou empréstimos. No entanto, a tentativa de lobby dos diplomatas chineses não teve o resultado esperado, uma vez que muitos países se posicionaram contrariamente às práticas chinesas.

Países como Venezuela, Bolívia, Cuba, Rússia e Belarus demonstraram apoio à China, porém outros parceiros do Sul Global, principalmente na América Latina, não demonstraram disposição para ignorar as violações dos direitos humanos na China. O Brasil e a Colômbia, por exemplo, pediram uma moratória imediata na pena de morte, enquanto a Anistia Internacional calcula que milhares de presos recebem a pena capital todos os anos na China.

Além disso, outros países, como México, Peru, Paraguai e Equador, cobraram respostas às supostas violações aos direitos humanos. A revisão periódica, embora não tenha força vinculante, evidencia a dificuldade da China em unificar sua narrativa e criar um bloco consistente a seu favor na ONU.

A tentativa da China de influenciar a revisão periódica e de comprar apoio de alguns países do Sul Global pode ter saído mais cara do que o esperado, evidenciando que nem sempre o dinheiro é capaz de encobrir violações graves dos direitos humanos. A postura adotada por diversos países na revisão periódica demonstra que a comunidade internacional está atenta e vigilante em relação às práticas da China.

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