Repórter São Paulo – SP – Brasil

China e Rússia pressionam pela entrada da Venezuela no Brics, sem a presença de Lula no encontro diplomático.

Na última reunião do Brics, Brasil e África do Sul se viram frente a frente com a resistência da China em relação às estratégias de negociação adotadas. O motivo por trás dessa escolha está no perfil dos presidentes Lula e Cyril Ramaphosa, ambos ex-sindicalistas com vasta experiência em negociações. A aposta dos países sul-americanos e africanos era de que, com a presença dos líderes no encontro, haveria maior margem para barganhas e influências.

Por outro lado, a China, sob a liderança de Xi Jinping, se mostrou mais avessa a essa abordagem. Xi Jinping é conhecido por preferir formalizar decisões já acordadas e raramente entrar em negociações diretas. Os chineses defendiam que as decisões fossem definidas previamente, enquanto Brasil e África do Sul buscavam maior flexibilidade e poder de negociação na cúpula.

Além do Brasil, a reunião do Brics contou com a presença de líderes de diversos países, como Egito, Índia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Azerbaijão, Armênia, Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Quirguistão, República Democrática do Congo, Cuba, Laos, Mauritânia, Palestina, Tajiquistão, Turquia, Uzbequistão e Turcomenistão.

Diante das divergências de abordagem entre os membros do Brics, a pressão por uma maior integração regional e a possível inclusão da Venezuela como membro do grupo se tornaram temas de destaque. China e Rússia exerceram pressão nesse sentido, enquanto o Brasil e a África do Sul buscavam manter o foco nas negociações presentes. A complexidade das relações internacionais e a diversidade de interesses dos países presentes marcaram mais uma reunião do Brics, reafirmando a importância do diálogo e da negociação para a cooperação entre as nações.

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