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China e Rússia evitam abordar conflito no Oriente Médio em fórum de comemoração da Iniciativa Cinturão e Rota

No décimo aniversário da Iniciativa Cinturão e Rota, em Pequim, os líderes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, decidiram não abordar o conflito no Oriente Médio em seus discursos. Em vez disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi responsável por tratar do assunto.

Durante a abertura do fórum, Guterres destacou sua preocupação com a situação atual no Oriente Médio, mencionando especificamente o “terrorismo” do Hamas e os ataques que ocorreram recentemente. No entanto, ele ressaltou que esses ataques não podem justificar a punição coletiva do povo palestino e pediu um cessar-fogo imediato.

Enquanto isso, Xi Jinping foi o primeiro a discursar e aproveitou a ocasião para anunciar os próximos passos do programa de infraestrutura chinês. Nos últimos dez anos, a China investiu cerca de US$ 1 trilhão em projetos em mais de cem países, principalmente no Sul Global. De acordo com Xi, o programa terá oito frentes de atuação, incluindo desenvolvimento “verde”, integração turística e criação de uma “zona de comércio eletrônica”.

O fórum, que conta com a participação de 140 países e diversas organizações multilaterais, é uma oportunidade para discutir e fortalecer os laços econômicos e políticos entre os países que aderiram à Iniciativa Cinturão e Rota. O evento também serve como plataforma para a apresentação de projetos de investimento e cooperação entre os participantes.

No entanto, a ausência de discussões sobre o conflito no Oriente Médio liderado pelos líderes da China e da Rússia foi notável. Especialmente considerando o histórico de envolvimento desses países na região, as declarações de Guterres e sua ênfase na necessidade de um cessar-fogo imediato indicam a gravidade da situação.

Embora os líderes chineses e russos tenham optado por não se pronunciar publicamente sobre o conflito, é possível que nos bastidores tenham ocorrido discussões e negociações sobre o assunto. Afinal, a estabilidade no Oriente Médio é de interesse global, especialmente considerando as implicações econômicas e geopolíticas da região. Portanto, é provável que os líderes continuem acompanhando de perto a evolução da situação e busquem soluções diplomáticas para restaurar a paz e estabilidade na região.

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