Uma das principais questões que motivam a possível suspensão do acordo é a instabilidade econômica da Argentina. A moeda do país tem oscilado de forma significativa, o que coloca em risco a premissa do swap de moedas entre as duas nações. Além disso, a questão de Taiwan tem sido um ponto de tensão nas negociações entre os dois países. Durante uma reunião na Casa Rosada, a chanceler do governo Milei, Diana Mondino, teria feito comentários sobre “direitos soberanos” de Taiwan, gerando desconforto na delegação chinesa.
O professor catedrático da Universidade Soochow, Victor Gao, expressou preocupação com as “ideias extraordinárias” do novo presidente argentino, afirmando que elas podem ser prejudiciais para as relações sino-argentinas. Além disso, ele ressaltou a importância de que a Argentina se relacione com o resto do mundo “com dignidade, decência e respeito mútuo”, mas destacou que “ninguém terá paciência suficiente para esperar que milagres aconteçam no país sul-americano”.
A possível suspensão do swap tem gerado preocupações, especialmente em relação às exportações e importações argentinas. Com a queda nas exportações devido a uma seca no país, e a recente liberalização das importações, a entrada de moeda estrangeira na Argentina pode ser afetada. Isso gera pressão adicional no mercado de câmbio, colocando a economia argentina em uma situação delicada.
Diante dessas incertezas, o futuro das relações China-Argentina permanece incerto. Analistas destacam que as decisões do governo Milei em relação à política econômica e às relações internacionais terão um impacto significativo nas relações bilaterais. Resta aguardar os desdobramentos dessas questões e como elas afetarão o comércio e as finanças entre os dois países.