A decisão do Chile de se juntar à ação da África do Sul ocorre após a corte ter estabelecido medidas emergenciais contra Israel em duas ocasiões. Na primeira, Israel foi solicitado a tomar todas as medidas possíveis para evitar um genocídio. Mais tarde, a corte ordenou o “fim imediato” de uma ofensiva israelense contra Rafah, no sul de Gaza, após o governo de Benjamin Netanyahu lançar uma operação que resultou em mais de 200 mortos em apenas 48 horas.
Ao anunciar o apoio do Chile à denúncia, Boric enfatizou a preocupação com a situação humanitária em Gaza, onde mais de 35.000 pessoas já morreram e a infraestrutura foi gravemente danificada. Ele também condenou as ações indiscriminadas contra civis inocentes, especialmente mulheres e crianças palestinas, e pediu a libertação dos reféns detidos pelo Hamas.
Com essa decisão, o Chile se torna o primeiro país sul-americano a aderir formalmente ao caso na Corte Internacional de Justiça. Enquanto isso, o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou apoio à denúncia da África do Sul, mas ainda não aderiu oficialmente à ação.
Boric reiterou o compromisso do Chile com o diálogo e a busca por uma ordem global estável e pacífica, mesmo diante das tensões causadas pelo conflito entre Israel e Palestina. A sua postura ressalta a importância de buscar soluções diplomáticas para resolver os conflitos internacionais e garantir a segurança e dignidade de todos os povos envolvidos.
