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Chile: Cinco anos após ‘explosão social’, manifestações relembram demandas por justiça social e enfrentam desafios atuais

Centenas de manifestantes se reuniram na praça Baquedano, no Chile, para marcar os cinco anos da chamada “explosão social”, que resultou em cerca de 30 mortes e milhares de feridos. Entre os presentes, estava Armando Zamorano, que comentou que, mesmo após tanto tempo, muitas coisas permanecem iguais.

O movimento, que ficou conhecido como “estallido social” em espanhol, colocou em xeque o governo de direita de Sebastián Piñera, exigindo melhorias no acesso à saúde, educação e previdência. As manifestações foram muitas vezes violentas e levaram as forças políticas a concordarem em alterar a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet, apontada como origem das desigualdades sociais.

Apesar de dois processos de redação, um liderado pela esquerda radical e outro pela extrema direita, os chilenos acabaram rejeitando a mudança constitucional. No entanto, como destacou a médica Leticia Álvarez, as sementes do “estallido”, representadas pela busca por dignidade, ainda estão presentes na população.

Atualmente, a maior preocupação dos chilenos não são mais as reivindicações por justiça social, mas sim a insegurança. A pesquisa do Centro de Estudos Públicos mostrou que apenas 23% da população apoia as mobilizações de 2019, enquanto em seu auge esse apoio chegou a 55%.

Apesar de nenhuma mudança significativa ter sido alcançada, fica claro que as marcas deixadas pelo “estallido social” ainda ecoam na sociedade chilena. O sentimento de busca por dignidade e justiça continua presente, mesmo diante das novas preocupações e desafios enfrentados pelo país.

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