Chefe eleitoral da Venezuela condiciona convite à UE para observar eleições à suspensão de sanções: “Não há nada a conversar”

O chefe da autoridade eleitoral da Venezuela, Elvis Amoroso, fez uma declaração nesta quinta-feira (20) condicionando um possível convite da União Europeia (UE) para observar as eleições presidenciais de 28 de julho ao levantamento de todas as sanções impostas ao país.

Amoroso, conhecido por seu alinhamento ao chavismo, havia excluído a participação do bloco na observação eleitoral há um mês, logo após a confirmação de medidas punitivas contra cerca de 50 funcionários venezuelanos. Embora uma das sanções destinadas a ele próprio tenha sido suspensa, ele deixou claro que o levantamento total das medidas é necessário para que a UE seja convidada novamente.

“Se não houver o levantamento das sanções e do bloqueio contra o povo da Venezuela, contra os doentes, contra os estudantes, contra as pessoas de certa idade, não há absolutamente nada a conversar, nem pensar que possam vir à Venezuela quando desprezam todos os venezuelanos”, afirmou Amoroso a jornalistas durante um evento oficial.

Essa postura do chefe da autoridade eleitoral venezuelana evidencia a tensão entre o governo de Nicolás Maduro e a União Europeia, que têm se desentendido frequentemente devido a discordâncias em relação às políticas e eventos no país sul-americano.

As eleições presidenciais marcadas para julho deste ano prometem ser mais um capítulo dessa disputa política, com a Venezuela buscando garantir a soberania do processo eleitoral enquanto a UE demonstra preocupações com a transparência e a democracia no país. Resta acompanhar como essa situação se desdobrará nas próximas semanas e qual será a postura adotada por ambas as partes.

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