Repórter São Paulo – SP – Brasil

Chefe de gabinete da Prefeitura de São Paulo pede votos em empresa contratada, configurando possível crime eleitoral, segundo especialistas.

O chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, Eduardo Olivatto, está envolvido em uma polêmica após ser flagrado pedindo votos para o prefeito Ricardo Nunes, candidato à reeleição, em um espaço da Potenza Engenharia e Construções, empresa que mantém contratos com a Prefeitura de São Paulo.

O caso veio à tona após um vídeo publicado por Guilherme Boulos, do PSOL, que mostra Olivatto em uma reunião com funcionários da Potenza, onde ele os incentivava a votar em Ricardo Nunes. Especialistas ouvidos afirmam que essa ação pode configurar um crime eleitoral.

No vídeo, Olivatto é visto pedindo aos funcionários da empresa que reflitam sobre a possibilidade de apoiar o atual prefeito e que conversem com outros colegas a respeito desse apoio. A reunião ocorreu em um horário que não era expediente da empresa, mas especialistas apontam que usar um espaço ligado a um serviço público para fins de campanha configura uma irregularidade.

Além disso, a empresa Potenza Engenharia recebeu uma quantia significativa da prefeitura em contratos de serviços, o que reforça a necessidade de imparcialidade nesse tipo de situação. Tanto Olivatto quanto o dono da empresa negam ter orientado os funcionários a votar em algum candidato, mas a suspeita de abuso de poder político e econômico está no ar.

A situação se agrava pelo fato de que Olivatto mora em um imóvel de um empreiteiro que possui contratos volumosos com a Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras, o que levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse.

No entanto, apesar das evidências, o chefe de gabinete da Siurb está de férias e a pasta afirma que não há relação oficial da Prefeitura de São Paulo com o ocorrido. Especialistas apontam possíveis consequências legais para Olivatto e o dono da empresa, caso se comprove o abuso de poder político e econômico, ou a utilização indevida de um espaço público para fins eleitorais.

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