Chávez pediu aos soldados que refletissem sobre a situação e deponham as armas, indicando que os objetivos estabelecidos a nível nacional eram inalcançáveis. Este evento ocorreu em 1992 e levou à prisão de centenas de oficiais, suboficiais e soldados.
O movimento planejava a dissolução do Congresso e das Assembleias Legislativas, a suspensão de todas as privatizações, e o controle sobre a livre circulação de capitais, entre outras medidas. Apesar do fracasso, Chávez acumulou força política e popularidade, evidenciada por um nível de confiança da população de até 64%.
Após o evento, o presidente então em exercício, Carlos Andrés Pérez, foi afastado do cargo por desvio de fundos, o que levou a sua condenação a prisão domiciliar. Chávez, por sua vez, foi libertado em 1994 e passou a construir as bases do que mais tarde se tornaria o processo revolucionário. Ele introduziu uma dinâmica de trabalho de base direta com a população, fortalecendo sua posição e influência política.
O governo atual, em 2024, preparou marchas em comemoração ao evento, com o grupo chavista organizando uma caravana até a capital venezuelana. Enquanto isso, a opositora María Corina Machado, convocou manifestações contra o governo, não apenas na Venezuela, mas fora do país também.
A oposição planeja usar a data histórica para criticar o chavismo, acusando o movimento de ter surgido de um golpe de Estado. Esta contramarcha visa colocar em debate o ano eleitoral, expondo a base violenta do chavismo e tentando atingir uma votação livre e justa.
Nem o governo nem a oposição desistem de suas estratégias, e a população venezuelana é quem vive os desdobramentos das movimentações políticas. A história do país é marcada por eventos como o de 1992 e as manifestações atuais que buscam influenciar o futuro do país.