Ao ser questionado sobre a fala de Lula, Eide expressou sua preocupação com a situação em Gaza, porém ressaltou que a tentativa de matar todos os judeus durante o Holocausto foi uma experiência única e insuperável. Ele destacou a importância de lembrar a humanidade de que não há nada que se compare ao Holocausto.
As declarações do chanceler norueguês estão alinhadas com a posição do secretário de Estado americano, Antony Blinken, que também enfatizou a impossibilidade de comparar a situação de Gaza com a perseguição sistemática de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Na ocasião, Blinken discordou de Lula e compartilhou uma história pessoal sobre seu padrasto, que foi um sobrevivente de Auschwitz.
Além disso, Eide não classificou os ataques de Israel como ação genocida, enfatizando a importância de aguardar a decisão do Tribunal Penal Internacional, que está investigando a acusação de genocídio contra o povo palestino.
O chanceler norueguês também abordou a questão da solução de dois Estados para a região, destacando a dificuldade de encontrar um caminho claro para alcançar esse objetivo. Ele ressaltou a necessidade de fortalecer a Autoridade Nacional Palestina e a OLP, mas apontou que haveria recusa majoritária à criação do Estado palestino se isso significasse a manutenção do Hamas no poder.
Apesar de não fazer parte do G20, a Noruega foi convidada a participar do fórum este ano e, durante a reunião, Eide destacou a existência de um consenso entre os participantes sobre a necessidade de uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.
Portanto, as declarações de Espen Barth Eide apresentam uma posição firme e sensata sobre a complexa situação na região, destacando a importância de respeitar a independência do sistema jurídico e internacional e promovendo o diálogo e a busca por soluções pacíficas.