Uma das possíveis novidades durante a visita de Estado de Xi Jinping ao Brasil é o anúncio da adesão do país à Iniciativa Cinturão e Rota, o programa chinês para infraestrutura. Wang Yi enfatizou a importância de uma parceria que não só atenda aos interesses fundamentais dos dois povos, mas também dê um exemplo de unidade e cooperação entre os países do Sul Global, que incluem nações da América Latina, África e Ásia.
A delegação brasileira, liderada pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, e acompanhada por Gabriel Galípolo, diretor do Banco Central, e Celso Amorim, assessor especial da Presidência, teve a participação também da ex-presidente Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics.
Durante as reuniões, foram discutidas parcerias abrangendo infraestrutura, tecnologia e a área financeira. Paralelamente, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, da União Brasil, esteve em Pequim e se encontrou com o ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Jin Zhuanglong, para promover a sinergia de estratégias de desenvolvimento nos campos de 5G, satélites e inteligência artificial.
Jin Zhuanglong expressou o interesse da China em trabalhar em conjunto com o Brasil para promover a cooperação industrial e alcançar resultados práticos nessas áreas. O ministro brasileiro Juscelino Filho manifestou a expectativa de atrair mais investimentos chineses para o Brasil, especialmente no setor de tecnologia. A visita à GalaxySpace, uma das empresas chinesas concorrentes da Starlink de Elon Musk, foi um dos destaques, com a possibilidade da realização de testes no Brasil.
Para a próxima semana, está prevista a visita do ministro Juscelino Filho e do presidente da Telebras à SpaceSail em Xangai, outra empresa de satélites geoestacionários de órbita baixa, que pretende lançar seu serviço no Brasil até 2027, concorrendo com a Starlink. A expectativa é de uma maior cooperação entre Brasil e China no campo da tecnologia e infraestrutura, beneficiando ambos os países.