O local para a construção do templo foi motivo de controvérsias durante muito tempo, com hindus e muçulmanos reivindicando o espaço. Em 1992, a situação se agravou quando uma multidão hindu destruiu uma mesquita do século 16 que ficava no local. A maioria hindu da Índia alega que a área é sagrada, pois é o local de nascimento do Lord Ram. Em 2019, o Supremo Tribunal decidiu a favor dos hindus, determinando que as terras fossem entregues a eles e ordenando a distribuição de um terreno separado para os muçulmanos.
Além de ser um marco religioso, a cerimônia de inauguração também é vista como parte da campanha de reeleição do primeiro-ministro Modi, conhecido por ser profundamente religioso. Com as eleições gerais marcadas para maio, esse evento pode servir como uma forma de consolidar o apoio entre os eleitores hindus.
A expectativa é de que milhares de membros do partido de Modi, líderes religiosos e devotos de todo o país participem dos rituais de inauguração do templo. Essa cerimônia representa um momento de grande importância para a comunidade hindu e para a política indiana, estabelecendo um marco para o futuro do país.
A construção do templo e a cerimônia de inauguração em Ayodhya têm gerado debates e controvérsias em todo o país, e o papel do governo e das autoridades tem sido amplamente discutido. Com o tema da religião sendo tão central nesse evento, as repercussões políticas e sociais continuam a ser observadas de perto.
Em meio a essa atmosfera de celebração e festividade, a Índia enfrenta desafios importantes, como o crescimento econômico e as tensões étnicas e religiosas, o que torna a inauguração do templo de Ayodhya um evento que vai muito além do aspecto religioso, adquirindo um peso político e social significativo.