Centro de detenção de migrantes mantém capacidade máxima mesmo com medidas de controle reforçadas por Biden.

Após se renderem aos guardas de fronteira, as famílias que buscam entrar nos Estados Unidos geralmente são liberadas com maior rapidez, sob a condição de comparecerem perante um juiz de imigração. No entanto, aqueles que decidem viajar por conta própria frequentemente acabam em centros de detenção, onde enfrentam um processo mais complexo e demorado.

Em uma visita da imprensa às instalações de um desses centros, o diretor do gabinete local de Operações de Execução e Deportação, Miguel Vergara, explicou que os detidos ali representam um risco para a segurança nacional e pública. Segundo ele, muitos tentam fugir dos esforços de controle das fronteiras ou atravessam ilegalmente, justificando a necessidade de mantê-los sob custódia.

No centro de detenção em questão, os homens são recebidos e encaminhados para celas comunitárias com portas de metal espessas, onde são classificados após até 12 horas. Aqueles que migram pela primeira vez recebem uniformes azuis, enquanto os que possuem antecedentes criminais são identificados com uniformes laranja. Já aqueles que representam algum tipo de perigo são identificados com uniformes vermelhos.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma nova regra para tentar controlar o fluxo de migração. A partir do momento em que 2.500 pessoas forem processadas no dia, a fronteira será fechada para novos solicitantes de asilo. Além disso, a medida visa facilitar as deportações, uma demanda da direita americana, que acusa Biden de permitir a entrada de criminosos no país.

Apesar das medidas anunciadas, o centro de detenção continua próximo de sua capacidade máxima. Na última segunda-feira, 1.006 migrantes aguardavam em um espaço projetado para 1.175 pessoas, evidenciando os desafios enfrentados pelas autoridades na gestão da imigração no país.

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