Ghebreyesus alertou para o aumento do risco de dengue devido às mudanças climáticas, afirmando que isso facilitará a disseminação global da doença. Ele enfatizou que a dengue pode se tornar um problema ainda mais grave nos próximos anos, com uma distribuição geográfica mais ampla na Ásia, Europa, América Central e do Sul e África Subsaariana. O diretor-geral da OMS pontuou que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, poderá se deslocar para altitudes mais elevadas, aumentando as populações em risco.
Além disso, um informe do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que a exposição futura ao risco de dengue será influenciada pela combinação dos efeitos da mudança climática e de fatores não climáticos, como a densidade populacional e o desenvolvimento econômico. O documento cita dezenas de estudos que indicam um aumento nos níveis de risco em todos os continentes.
Em comparação com 2015, estima-se que até 2080, 1 bilhão de pessoas a mais estarão em risco de exposição à dengue em um cenário mais positivo. No entanto, esse número pode chegar a 5 bilhões de pessoas extras afetadas em um cenário mais pessimista.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades de saúde e organizações internacionais estão em alerta, buscando medidas preventivas e estratégias de combate ao avanço da dengue. É crucial que sejam adotadas ações efetivas para impedir a propagação da doença e proteger bilhões de pessoas em todo o mundo.
As declarações de Ghebreyesus e o informe do IPCC reforçam a urgência de políticas de saúde pública e medidas de adaptação às mudanças climáticas para evitar uma crise global de dengue. A conscientização e o engajamento da sociedade também são fundamentais para enfrentar esse desafio e garantir a saúde e segurança de populações em todo o mundo.