Entre as demandas israelenses que estão em destaque nas negociações estão a presença das forças militares regulares do Líbano na fronteira, o fortalecimento das tropas da ONU e a retirada do Hezbollah para além do rio Litani, a pelo menos 20 quilômetros de distância da fronteira com Israel. Essas demandas também estão alinhadas com a Resolução 1701 da ONU, que encerrou a Segunda Guerra do Líbano em 2006.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, deixou claro em seu discurso mais recente que não está interessado em uma guerra total, mas se mostra preparado caso ela ocorra. Ele ainda mencionou estar aberto a negociações, porém ressaltou que não irá cessar os disparos enquanto o conflito em Gaza persistir.
A posição de Israel, segundo uma fonte militar do país, é semelhante: eles não desejam um conflito armado, mas estão prontos para agir se necessário. Nasrallah, por sua vez, levantou a possibilidade de uma invasão na região da Galileia, no norte de Israel, o que aumenta a tensão na região.
Uma das declarações mais preocupantes foi a ameaça direta de Nasrallah ao Chipre, membro da União Europeia. Ele afirmou que envolverá o país no conflito caso permita que Israel utilize seu território e infraestrutura em um eventual confronto com o Hezbollah.
Esses eventos recentes demonstram a fragilidade da situação na fronteira entre Israel e Líbano e a necessidade urgente de se encontrar uma solução diplomática para evitar um conflito armado de grandes proporções na região. A comunidade internacional acompanha de perto essas negociações em busca de uma saída pacífica para o impasse.