Células imortalizadas de Henrietta Lacks revolucionam a ciência: a importância das doações para avanços médicos

Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prestou uma homenagem a Henrietta Lacks, uma mulher negra cuja contribuição para a ciência foi fundamental. Mesmo sendo pouco conhecida fora dos círculos científicos, o legado de Henrietta é vasto e impactante, principalmente através das células HeLa, que são amplamente utilizadas em pesquisas médicas e biomédicas.

Henrietta Lacks buscava tratamento para um câncer cervical no centro médico John Hopkins, nos Estados Unidos, em 1951. Durante o tratamento, sem o seu conhecimento, células do tumor foram retiradas para biópsia e revelaram uma característica única: a capacidade de se reproduzir indefinidamente. Essas células, chamadas de HeLa, foram essenciais para avanços significativos no conhecimento sobre o câncer cervical e também contribuíram para o desenvolvimento da vacina contra o vírus HPV.

Atualmente, organizações como o Instituto Vencer o Câncer e o Grupo Mulheres do Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde, têm desenvolvido campanhas de vacinação contra o câncer cervical, com a vacina disponível no SUS. Além disso, as células HeLa têm sido fundamentais para o estudo de diversas doenças, como a poliomielite, HIV, leucemia e mal de Parkinson, entre outras.

É importante destacar a contribuição de Henrietta Lacks e de tantos outros voluntários anônimos que, ao longo dos anos, permitiram avanços significativos na ciência e na medicina. Os protocolos éticos rigorosos atuais garantem a proteção dos voluntários e a segurança dos estudos realizados, com observação contínua mesmo após a conclusão das pesquisas.

A história de Henrietta Lacks foi imortalizada em um livro e em um filme, mas o desconhecimento sobre sua vida por parte de muitos demonstra a necessidade de reconhecimento e gratidão a todos os que contribuíram, de forma voluntária ou não, para o avanço da ciência. A ciência não teria alcançado seus grandes feitos sem essas pessoas, e é fundamental valorizar e preservar suas memórias e legados para as gerações futuras.

Portanto, a homenagem a Henrietta Lacks e a todos os voluntários anônimos que contribuíram para a ciência deve servir de inspiração para o reconhecimento da importância dessas pessoas e para a valorização contínua da ciência em benefício da humanidade.

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