Para isso, o CDC realiza coleta voluntária de swabs nasais e amostragem de águas residuais em sete aeroportos internacionais dos Estados Unidos, que são considerados centros internacionais e recebem voos de diversas partes do mundo. Cindy Friedman, chefe do Departamento de Saúde dos Viajantes do CDC, destacou que essa abordagem permite ter uma visão global do que está acontecendo e detectar cepas preocupantes precocemente.
Das 6.000 amostras de swab nasal coletadas a cada semana, cerca de 2.000 são testadas para doenças respiratórias, incluindo a gripe e o VSR. Friedman informou que os swabs nasais de dois dos sete aeroportos participantes já estão sendo testados desde outubro. Além disso, a amostragem de águas residuais de alguns dos aeroportos começou em novembro, no entanto, os locais exatos não foram divulgados.
Essa ampliação piloto do programa ocorre antes dos meses de inverno nos Estados Unidos, quando os vírus causadores de doenças respiratórias tendem a circular com mais intensidade. O CDC alerta que espera um aumento nas hospitalizações por Covid, infecções por VSR e casos de gripe neste ano, comparado aos níveis pré-pandêmicos.
O programa de vigilância genômica baseado em viajantes é uma parceria público-privada entre o CDC, a empresa de biotecnologia Ginkgo Bioworks e a empresa de bem-estar XWELL. Essa expansão, que durará vários meses, está sendo implementada pelas duas empresas mencionadas.
Essa iniciativa do CDC tem como objetivo fortalecer a capacidade de detecção e monitoramento de variantes do SARS-CoV-2, bem como de outras doenças respiratórias, visando uma resposta mais ágil e eficaz no controle desses vírus. Com a ampliação dos testes, espera-se obter uma visão mais abrangente do cenário global e identificar rapidamente qualquer cepa preocupante que possa surgir.