Repórter São Paulo – SP – Brasil

CCJ terá cinco sessões para analisar propostas antes de embate com o STF por críticas de Lira a determinações de Dino

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) terá um prazo de cinco sessões para analisar as propostas apresentadas. Após esta etapa, se as propostas forem aprovadas, serão encaminhadas para uma comissão especial criada pelo presidente para a análise do texto em um prazo de 40 sessões. Esse processo faz parte do trâmite legislativo para a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional.

No entanto, um embate surgiu entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, em relação às emendas parlamentares. Lira criticou a determinação de Lewandowski sobre a suspensão das “emendas Pix” e de comissões, alegando que tal decisão retirava a autonomia do Legislativo sobre as emendas.

Desde o início do mês de agosto, o ministro Ricardo Lewandowski emitiu quatro decisões em processos diferentes envolvendo a liberação de emendas parlamentares, exigindo critérios mais rigorosos para a liberação dos recursos. Ele também determinou a suspensão das emendas impositivas até que o Congresso regulamente o tema, garantindo critérios constitucionais de eficiência, transparência e rastreabilidade.

Além disso, o ministro concedeu um prazo de 30 dias para que o Executivo e o Legislativo forneçam total transparência em relação às emendas parlamentares pagas desde 2020, incluindo as “emendas Pix”. Ele permitiu exceções para casos de obras em andamento e situações de calamidade pública, visando garantir agilidade na liberação de recursos, sem burocracias.

Essa disputa entre os poderes Legislativo e Judiciário demonstra a tensão existente no cenário político brasileiro em relação à distribuição e execução de emendas parlamentares. É importante acompanhar de perto as decisões e desdobramentos dessas questões para entender o impacto que podem ter na governabilidade do país.

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