Antes do acordo, a Casas Bahia estava programada para desembolsar R$ 4,8 bilhões até 2027. Com a renegociação, esse valor foi reduzido para apenas R$ 500 milhões no mesmo período. Além disso, o acordo estabelece uma carência de 24 meses para pagamento de juros e 30 meses para pagamento do principal, aumentando o prazo médio de amortização de 22 para 72 meses, e reduzindo o custo médio em 1,5 ponto percentual, equivalente a uma economia de R$ 400 milhões ao longo do período.
O CEO do Grupo, Renato Franklin, destacou a importância da antecipação do reperfilamento da dívida, atribuindo o sucesso da negociação às alavancas operacionais do plano de transformação da empresa. Franklin ressaltou que o acordo reflete a confiança no futuro da companhia e traz segurança para fornecedores, parceiros, clientes e colaboradores.
A Casas Bahia, que é um dos principais varejistas de eletrônicos e móveis do país, enfrentou um prejuízo recorde no último trimestre de 2023, totalizando R$ 1 bilhão. Com planos de fechar mais 20 lojas e encerrar a operação de quatro centros de distribuição, a empresa busca se reestruturar e superar as dificuldades financeiras.
Com cerca de 40 mil colaboradores, a Casas Bahia está presente em mais de 400 municípios de 22 estados e no Distrito Federal. O grupo, que possui capital aberto na B3 desde 2013, tem como objetivo recuperar sua saúde financeira e retomar o crescimento no mercado varejista.