As discussões para a criação do fundo estão sendo conduzidas pelo conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan e pelo principal assessor em economia internacional Daleep Singh. A estrutura, modelo de financiamento e estratégia de investimento ainda estão em processo de definição, mas a seriedade do impulso foi destacada pelo envolvimento de outras agências governamentais, que planejam incluir o Congresso e importantes partes interessadas do setor privado nos próximos passos.
A proposta de criação do fundo soberano dos EUA representa uma mudança significativa na abordagem econômica do país. Embora Washington sempre tenha manifestado desconfiança em relação a fundos soberanos mantidos por governos de outros países, a crescente competição com China, Rússia e as tensões no Oriente Médio estão impulsionando a necessidade de um pool de capital flexível para promover interesses estratégicos e garantir a posição dos EUA em um ambiente geopolítico desafiador.
O fundo proposto poderia ser utilizado para fortalecer a resiliência das cadeias de suprimentos, financiar empresas estratégicas e injetar capital em setores com alta barreira de entrada, como construção naval especializada e fusão nuclear. Além disso, seria possível financiar a criação de reservas de minerais críticos e apoiar a pesquisa médica avançada.
A ideia de criar um fundo soberano dos EUA ganhou destaque recentemente após o ex-presidente Donald Trump expressar apoio à iniciativa durante um discurso no Economic Club de Nova York. Trump destacou a importância de investimentos em setores de ponta e a possibilidade de economizar bilhões de dólares na prevenção de doenças.
Apesar do apoio de Trump e de influentes figuras do mercado financeiro, como John Paulson, a campanha da vice-presidente Kamala Harris, que está concorrendo contra Trump, ainda não se pronunciou sobre a proposta. O futuro do fundo soberano dos EUA continua sendo tema de intensos debates e discussões nos bastidores da política econômica americana.