Casa Branca lança normas para regulamentação da inteligência artificial nos Estados Unidos

A Casa Branca divulgou um amplo conjunto de normas e princípios destinados a garantir que os Estados Unidos se destaquem na regulamentação da inteligência artificial (IA). O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto exigindo que os desenvolvedores de IA apresentem ao governo federal os resultados de seus testes de segurança quando seus projetos representarem um grave risco para a segurança nacional, segurança econômica nacional ou saúde pública.

Essa apresentação oficial ocorreu durante um evento oficial nesta segunda-feira (30). Biden baseia-se na Defense Production Act (1950), uma lei da Guerra Fria que confere ao governo certo poder de coerção sobre as empresas quando a segurança do país está em jogo.

Os critérios para esses testes de segurança serão estabelecidos em nível federal, de acordo com o governo americano. A fiscalização das empresas desenvolvedoras de IA ficará a cargo do NIST (Instituto Nacional de Normas e Segurança), a versão americana da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

O objetivo desse decreto é mostrar que os EUA assumirão a liderança na regulamentação da IA, já que são considerados a potência líder nessa tecnologia. Grandes empresas do setor digital, como Microsoft e Google, já se comprometeram anteriormente a submeter seus sistemas de IA a testes externos.

A Casa Branca planeja prestar atenção especial aos riscos da IA no campo da biotecnologia e infraestrutura. Além disso, emitirá recomendações sobre a detecção e identificação de deepfakes, que são conteúdos gerados por IA que podem difamar reputações, espalhar notícias falsas e cometer fraudes.

Outro ponto importante é a questão da discriminação, pois sistemas de IA podem ter vieses que podem resultar em discriminação. O governo se compromete a monitorar o impacto da IA no emprego, mas reconhece que qualquer regulamentação ambiciosa sobre a IA deve passar pelo Congresso. No entanto, a polarização entre democratas e republicanos dificulta a adoção de uma lei em grande escala.

A União Europeia também busca estabelecer um quadro regulatório para a IA até o final do ano, com o objetivo de ditar o ritmo globalmente. Portanto, a regulamentação da IA se tornou objeto de intensa concorrência internacional.

A associação de editores de software BAS também pediu um novo quadro legislativo para criar salvaguardas específicas para a IA. A regulamentação dessa tecnologia é um passo importante para garantir sua segurança e uso ético, além de evitar abusos e danos à segurança nacional e à saúde pública.

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