Cartéis da mídia atacam Rafael Correa e comprometem liberdade de imprensa no Equador

O governo do ex-presidente Rafael Correa foi marcado por um enfrentamento com os poderes tradicionais, em especial a mídia, que não lhe perdoa até hoje. Durante seu mandato, Correa propôs e aprovou uma lei de comunicação que garantia o direito de resposta e réplica, além de exigir que os meios de comunicação dessem espaço ao contraditório. Para o sindicalista Ibarra, uma das conquistas de Correa foi encurralar a velha imprensa, que sempre teve o monopólio da informação.

No entanto, segundo Ibarra, essa situação mudou com a chegada do ex-presidente Lenin Moreno ao poder. Moreno traiu Correa e suas expectativas, barrou o avanço conquistado e retrocedeu ao passado. O presidente da Cedoc-Clat denuncia que os grandes empresários passaram a administrar o governo de Moreno, o que trouxe graves consequências para o mercado de trabalho e para as empresas. Além disso, novas formas de contratação precária foram criadas, desfazendo o que Correa havia feito para demolir os poderes fáticos.

Durante as eleições no Equador, as pesquisas serviram como uma “catapulta para vender ilusões”. Ibarra questiona como os institutos de pesquisa podem explicar o crescimento repentino de um candidato como Daniel Noboa. O assassinato do jornalista Fernando Villavicencio às vésperas do primeiro turno também teve um impacto no eleitorado, pois foi utilizado pela mídia de forma perversa para lançar acusações contra o correísmo.

Segundo Ibarra, a imprensa perdeu seu compromisso com a sociedade e agora serve apenas a interesses particulares. Ele acredita que o Equador merece um destino diferente do que está vivendo atualmente e espera que o povo faça a escolha certa nas eleições.

É importante destacar que as opiniões expressas no texto são de responsabilidade do autor e não representam necessariamente a opinião da Diálogos do Sul, que apoia a cobertura das eleições presidenciais e da Assembleia Nacional do Equador pela ComunicaSul.

(fonte não citada)

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