Em março do ano passado, o Carrefour desistiu de abrir um Atacadão em Sevran, na Grande Paris, devido à oposição do prefeito local. No entanto, o prefeito de Aulnay-sous-Bois, Bruno Beschizza, abraçou a ideia, demonstrando uma resposta diferente e mais receptiva.
O processo de conversão da loja Carrefour em um Atacadão estará em andamento, com negociações em andamento entre a empresa e os sindicatos. Havia preocupações levantadas em um manifesto criado por um político local, que listou possíveis problemas com a chegada do Atacadão, incluindo menores salários, prejuízo aos compradores que viajam em transporte público, e uma possível degradação da oferta comercial. No entanto, as preocupações parecem não ter tido um grande impacto na receptividade da cidade em geral.
Apesar de uma petição contrária, lançada pelo mesmo político que criou o manifesto, a empresa está prosseguindo com seus planos, destacando que o formato mais agressivo de descontos do Atacadão funciona bem no Brasil. O CEO mundial do grupo Carrefour, Alexandre Bompard, enfatizou que a marca oferecerá preços muito baixos, mantendo um número menor de produtos em comparação com os hipermercados.
Essa iniciativa de levar a marca brasileira à Europa foi uma das metas anunciadas por Bompard para o ano de 2023. O Atacadão é considerado o maior atacarejo do Brasil em número de lojas, contribuindo significativamente para o faturamento do grupo no país.
Embora haja resistência local, a abertura do Atacadão em Aulnay-sous-Bois representa um marco para o Grupo Carrefour e uma expansão significativa para a marca brasileira. A abordagem mais agressiva de descontos e foco em preços baixos pode atrair uma nova clientela na França, expandindo o alcance global da empresa e oferecendo uma alternativa inovadora aos modelos tradicionais de varejo.
