Repórter São Paulo – SP – Brasil

Candidato tenta associar adversário ao uso de drogas com laudo falso em eleição em São Paulo.

Nas vésperas das eleições, como é de praxe, começam a circular informações falsas sobre as urnas e o processo eleitoral, visando prejudicar a transparência do pleito. A disseminação de fake news relacionadas aos candidatos também é uma prática comum nesse período. Neste ano, em meio à corrida eleitoral para a maior cidade do país, um dos candidatos à liderança nas pesquisas, Pablo Marçal (PRTB), causou polêmica ao publicar um laudo falso na tentativa de associar seu concorrente Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas.

É recorrente nas eleições brasileiras a ressurgência de fake news antigas, um fenômeno que se repetiu nos dois pleitos anteriores, tanto nas eleições gerais de 2022, quanto nas municipais de 2020. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo alerta para a propagação de informações falsas sobre as urnas, alegando que é comum eleitores tentarem votar em candidatos de outros estados e depois reclamarem de que seu candidato não constava na urna.

Outra temática desinformativa que voltou à tona foi a falsa alegação de que o sistema eleitoral é fraudulento. No entanto, o TSE sempre disponibiliza o código-fonte das urnas para auditoria um ano antes da votação e ressalta que não há favorecimento a candidatos no processo eleitoral. Outros boatos, como a quebra do código-fonte da urna, que supostamente permitiria acessar informações de como o eleitor votou, também foram desmentidos pela Justiça Eleitoral.

Durante as eleições municipais de 2020, surgiram rumores questionando a segurança das urnas e a veracidade dos resultados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Boatos sobre a obrigatoriedade do voto de maiores de 60 anos e sobre a necessidade de levar uma caneta para votar foram desmentidos naquele pleito.

A disseminação de fake news tem impacto direto no resultado eleitoral, conforme apontou uma pesquisa realizada pelo DataSenado, na qual 81% dos brasileiros acreditam que as notícias falsas podem alterar significativamente a eleição. Diante desse cenário, a pesquisadora Adriane Buarque de Holanda recomenda adotar uma visão crítica em relação aos conteúdos compartilhados, consultar fontes oficiais dos candidatos e buscar informações em agências de checagem confiáveis para não serem influenciados pela desinformação.

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