É recorrente nas eleições brasileiras a ressurgência de fake news antigas, um fenômeno que se repetiu nos dois pleitos anteriores, tanto nas eleições gerais de 2022, quanto nas municipais de 2020. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo alerta para a propagação de informações falsas sobre as urnas, alegando que é comum eleitores tentarem votar em candidatos de outros estados e depois reclamarem de que seu candidato não constava na urna.
Outra temática desinformativa que voltou à tona foi a falsa alegação de que o sistema eleitoral é fraudulento. No entanto, o TSE sempre disponibiliza o código-fonte das urnas para auditoria um ano antes da votação e ressalta que não há favorecimento a candidatos no processo eleitoral. Outros boatos, como a quebra do código-fonte da urna, que supostamente permitiria acessar informações de como o eleitor votou, também foram desmentidos pela Justiça Eleitoral.
Durante as eleições municipais de 2020, surgiram rumores questionando a segurança das urnas e a veracidade dos resultados, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Boatos sobre a obrigatoriedade do voto de maiores de 60 anos e sobre a necessidade de levar uma caneta para votar foram desmentidos naquele pleito.
A disseminação de fake news tem impacto direto no resultado eleitoral, conforme apontou uma pesquisa realizada pelo DataSenado, na qual 81% dos brasileiros acreditam que as notícias falsas podem alterar significativamente a eleição. Diante desse cenário, a pesquisadora Adriane Buarque de Holanda recomenda adotar uma visão crítica em relação aos conteúdos compartilhados, consultar fontes oficiais dos candidatos e buscar informações em agências de checagem confiáveis para não serem influenciados pela desinformação.