Candidato promete fechar fronteira de selva para migrantes sul-americanos em Honduras, gerando controvérsia internacional.

O advogado de direita Mulino anunciou durante um evento de campanha a sua intenção de “fechar” a fronteira de Darién, uma região de selva de 266 km de comprimento e 575.000 hectares de superfície. Essa fronteira se tornou um corredor para migrantes da América do Sul que buscam chegar aos Estados Unidos, e Mulino deixou claro que pretende devolver todos aqueles que chegarem à região ao seu país de origem.

“Nosso Darién não é uma rota de trânsito, não senhor, esta é a nossa fronteira”, afirmou o político, que substituiu o ex-presidente Ricardo Martinelli como candidato. Mulino venceu as eleições recentes, sendo sua popularidade atribuída à influência de Martinelli.

A migração se tornou um tema crucial também nos Estados Unidos, com o governo americano anunciando uma ajuda de 578 milhões de dólares para a América Latina e impondo sanções para indivíduos que facilitam a “migração irregular”. A pressão sobre o presidente Joe Biden aumenta a cada ano, com cerca de 2,8 milhões de migrantes entrando de maneira ilegal nos EUA.

A América Central também enfrenta desafios devido à grande quantidade de migrantes, principalmente venezuelanos, que atravessam a selva de Darién com o objetivo de chegar ao continente americano. A região é conhecida por ser controlada por diversos grupos criminosos, o que torna a travessia ainda mais perigosa.

Com todas essas questões em jogo, tanto no Panamá quanto nos Estados Unidos e América Central, a questão da migração se torna cada vez mais urgente e complexa, exigindo ações coordenadas e políticas eficazes para lidar com esse fenômeno em constante crescimento.

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