Durante o debate, Vance foi questionado sobre um boato que ele havia espalhado de forma deliberada, relacionado a imigrantes haitianos em Springfield comendo animais de estimação de vizinhos, uma declaração considerada racista e negada por autoridades locais. O republicano evitou responder diretamente à pergunta, argumentando que a mídia e o Partido Democrata estariam mais preocupados com imigrantes do que com cidadãos americanos, destacando que as políticas de imigração teriam destruído a vida desses cidadãos.
Já o governador Walz tentou pressionar Vance lembrando que Trump teria agido para minar uma legislação bipartidária que aumentaria os recursos para combater a imigração ilegal na fronteira entre os EUA e o México. No entanto, Walz não conseguiu colocar Vance na defensiva, mesmo ao questioná-lo sobre a polêmica política de separação de famílias imigrantes implementada pelo governo anterior.
Outro tema abordado no debate foi Israel, no qual ambos os candidatos defenderam Tel Aviv contra ataques do Irã, sem mencionar as ações do país aliado na Faixa de Gaza. Na questão econômica, Walz criticou os planos de Trump de aumentar impostos, enquanto Vance defendeu uma abordagem mais simples e baseada no senso comum.
O confronto também abordou a questão do aborto, com Walz negando apoio a um aborto no nono mês de gestação e Vance se distanciando de propostas radicais do Partido Republicano nesse sentido. A cordialidade entre os candidatos marcou o debate, com elogios mútuos e um clima amistoso que contrastou com debates anteriores. Ao fim do evento, Vance e Walz interagiram de forma amigável, em uma cena que se destacou na campanha eleitoral americana deste ano.