A decisão de elaborar e divulgar o plano de governo é uma exigência da Justiça Eleitoral, que não estabelece regras específicas para o formato ou conteúdo do documento. Datena, que inicialmente estava cotado para ser vice-prefeito na chapa de Tabata Amaral (PSB), teve sua pré-candidatura oficializada somente em maio deste ano.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o candidato admitiu ter tido poucos contatos com os responsáveis pela elaboração do plano de governo, atribuindo a responsabilidade ao seu vice, o ex-senador José Aníbal. Datena destacou a importância de honrar os compromissos públicos assumidos pelo ex-prefeito Bruno Covas, enfatizando que o atual prefeito cumpriu apenas metade das metas estabelecidas no Programa de Metas para o quadriênio de 2021 a 2024.
No documento apresentado, Datena promete poucas novidades, como a entrega de 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) e a ampliação do investimento na Guarda Civil Metropolitana. No entanto, o plano carece de detalhamento e clareza em diversas áreas, como sustentabilidade, segurança pública, combate ao tráfico de drogas e violência contra a mulher.
Além disso, não há informações precisas sobre o orçamento previsto para as propostas apresentadas nem o público-alvo dos programas de saúde e educação propostos por Datena. O candidato também se compromete a não criar novos impostos ou taxas, optando por incentivar a geração de empregos, principalmente nas regiões periféricas da cidade.
Em suma, o plano de governo de José Luiz Datena para a prefeitura de São Paulo apresenta lacunas significativas e falta de detalhamento, o que pode gerar dúvidas sobre a viabilidade e eficácia de suas propostas caso seja eleito. A falta de comprometimento com prazos e estimativas orçamentárias também levanta questionamentos sobre a viabilidade de implementação das medidas propostas pelo candidato tucano.