Segundo a prefeitura municipal, a medida foi tomada em acordo com a Liga Carnavalesca de Blocos e Bandas Vicentina, e afetará as apresentações programadas para os dias 9, 10, 12, 13 e 17 de fevereiro. O secretário de Turismo e presidente da Comissão de Carnaval, Paulo Bonavides, afirmou que a decisão foi tomada considerando “os últimos acontecimentos envolvendo a segurança pública no município de São Vicente e na região da Baixada Santista”. Ele ainda acrescentou que o cancelamento visa “a preservação e integridade dos foliões e organizadores de blocos e bandas carnavalescas”.
O prefeito Kayo Amado (Podemos) compartilhou a decisão nas redes sociais, afirmando que, apesar de não ser fácil, é a mais acertada. Ele ressaltou que é uma medida difícil, mas que no momento é o mais adequado para garantir a segurança dos foliões e suas famílias.
O aumento da violência na Baixada Santista tem sido uma preocupação crescente nos últimos dias. Os confrontos entre policiais e criminosos resultaram em diversas mortes, incluindo a de um soldado da Rota e de um catador de produtos recicláveis em São Vicente. Além disso, a morte do cabo José Silveira dos Santos fez com que o secretário da Segurança Pública de São Paulo transferisse seu gabinete para a sede do Comando de Policiamento do Interior Seis (CPI-6), em Santos.
Diante desse cenário, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo prevê o aumento do efetivo no litoral paulista, com a chegada de policiais dos Batalhões de Ações Especiais em Polícia (Baep) dos municípios de ABC e Guarulhos. A região será atendida por esses reforços como parte da Operação Verão.
Em suma, o cancelamento das festividades de carnaval em São Vicente reflete as preocupações crescentes em relação à segurança pública na região. As autoridades locais e estaduais estão adotando medidas para lidar com o aumento da violência e garantir a segurança dos cidadãos durante esse período festivo.
