A questão da autonomia do Banco Central é colocada em cheque quando se observa a composição da autoridade monetária, que não é formada exclusivamente por profissionais de carreira e especialistas em política monetária. Isso levanta dúvidas sobre a influência de interesses políticos na tomada de decisões econômicas, como no caso da manutenção da taxa de juros.
A proximidade de Campos Neto com o governo Bolsonaro e a presença de membros do Copom indicados por Lula também geram questionamentos sobre a independência do Banco Central. A pressão por decisões unânimes e a expectativa de alinhamento com interesses partidários evidenciam a complexidade política envolvida nas decisões econômicas do país.
A discussão sobre autonomia do Banco Central não é única do Brasil. Exemplos como o FED nos EUA e o Banco Central Europeu mostram que as instituições financeiras também atuam de acordo com a conjuntura política e econômica de cada país. A preferência por manter o nível de atividade econômica em detrimento de medidas mais restritivas evidencia a influência política nas decisões dos bancos centrais.
Diante desse cenário, a autonomia do Banco Central se mostra um tema complexo e sujeito a influências políticas. A discussão sobre a independência da instituição permanece em pauta, especialmente diante das recentes decisões econômicas que levantaram questionamentos sobre a verdadeira autonomia do BC.