Nos últimos dias, a expectativa era de que as campeãs mundiais reconsiderassem sua decisão e retornassem à equipe. A renúncia de Rubiales e a demissão do técnico Jorge Vilda, que era próximo ao ex-presidente e enfrentava críticas em relação aos seus métodos, eram vistas como fatores favoráveis. No entanto, de acordo com a imprensa espanhola, as jogadoras ainda não estão convencidas e reiteram suas demandas por “mudanças estruturais reais”.
Essa recusa por parte das jogadoras tem origem em um incidente polêmico ocorrido durante a cerimônia de premiação do título mundial feminino em Sydney, no dia 20 de agosto. Na ocasião, Rubiales foi flagrado dando um beijo na camisa da jogadora número 10, o que gerou indignação e escândalo na Espanha e no cenário internacional.
Atualmente, o caso está sendo investigado e um magistrado será responsável por decidir se Rubiales será levado aos tribunais. A promotoria pública solicitou uma medida protetiva que impeça o ex-dirigente de se aproximar a menos de 500 metros da jogadora Jenni Hermoso, que atualmente joga no México. A ação legal é justificada pelo fato de que um beijo não consensual pode ser considerado uma agressão sexual de acordo com a legislação espanhola atual.
O tribunal também avaliou que houve coerção por parte de Rubiales, algo que o ex-presidente nega integralmente. Segundo informações da promotoria pública, Jenni Hermoso afirmou que ela e as pessoas ao seu redor sofreram pressão constante de Rubiales e de sua equipe para tentar justificar e aprovar os acontecimentos.
O desenrolar dessa situação é aguardado com expectativa, mas por enquanto as jogadoras da seleção feminina de futebol da Espanha parecem determinadas em manter sua recusa em retornar ao time. Resta aguardar os desdobramentos dessa história e conferir as próximas convocações da nova treinadora Montse Tomé.